PC descobre que reeducando comandava quadrilha pelo Facebook ~ Blog As Heroínas de Tejucupapo

Priscylla Régia

Priscylla Régia/Alagoas 24 Horas

O grupo é acusado de tráfico de entorpecentes

A Polícia Civil de Alagoas conseguiu desbaratar uma quadrilha especializada em tráfico de entorpecentes e roubos que agia no Sertão e Agreste de Alagoas. O grupo era chefiado pelo reeducando, Elias da Rocha Santos, de 30 anos, que determinava as ações do bando por meio das redes sociais.

Durante entrevista coletiva realizada, na tarde desta quarta-feira, 15, a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), contou que Elias, também conhecido como Sertão, comandava o bando de dentro do Sistema Prisional.

"Ele utilizava celulares para se comunicar com o resto dos integrantes da quadrilha. Além disso, utilizava um perfil falso no Facebook com o nome de Pedro Gabriel para fazer as determinações. Inclusive, ele chegou a comentar as prisões dos integrantes da quadrilha. Com isso, descobrimos que ele seria o líder do grupo e agora Elias também será autuado por associação ao tráfico, tráfico de drogas e formação de quadrilha", informou a delegada.

Ainda conforme dados da delegada, a Intendência Penitenciária se comprometeu a investigar como os três celulares chegaram ao reeducando, que responde por assalto a banco desde o ano de 2011.

Organograma do Crime

Durante a Operação Sertão, que faz alusão ao apelido do chefe da quadrilha, outras cinco pessoas foram detidas, a exemplo de José Ferreira Filho, o Coroa, de 53 anos, acusado de ser o braço direito de Elias Rocha na organização criminosa. Ele foi detido tentando passar entorpecentes para Viviane de Araújo, 22 anos, em Arapiraca. A jovem seria a "mula" do tráfico (pessoa usada para transportar a droga).

Ademir Serafim da Silva, conhecido como Dema, de 33 anos, seria o responsável por distribuir a droga no Sertão. Ele foi detido em um povoado entre as cidades de Palestina e Pão de Açúcar. Outras duas pessoas - Cristiano Vital da Silva, o Tan, de 27 anos, e Maria José Lisboa da Silva, 40 anos - foram presos por participação no grupo.

Com os acusados, a PC encontrou pelo menos R$3 mil, pasta base de cocaína, crack e maconha. Além de uma espingarda 28 e um revólver calibre 38.

Em conversa com a imprensa, José Ferreira se disse inocente e afirmou que a polícia não tem como provar seu envolvimento no crime. "Não fui pego com nada. Ninguém prova que eu estava com isso (droga). Eu não recebi nada e nem vendi nada", afirmou.

Maria José disse que é uma mulher honesta e que vivia do dinheiro do seu trabalho. "Sou da roça, não tenho nada a ver com droga. Ganho R$100 cuidado de um 'senhorzinho'. Sou inocente", informou.

Elias da Rocha e os outros presos não quiseram falar com a imprensa.