quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sanguinetti acredita que Sérgio Falcão foi assassinado; PM é principal suspeito

TV Clube/Reprodução
A pedido do Programa Cardinot, o perito George Sanguinetti analisou imagens da perícia e da reconstituição do crime
A pedido do Programa Cardinot, o perito George Sanguinetti analisou imagens da perícia e da reconstituição do crime
O policial militar reformado Jaílson Melo foi informado oficialmente que passa da condição de testemunha a principal suspeito no caso do assassinato do empresário Sérgio Falcão. A notícia foi dada ao PM na manhã desta quarta-feira pela delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelas investigações. Segundo a delegada, Jaílson se emocionou bastante diante da revelação.
A delegada adiantou que ainda não dispõe de provas concretas para solicitar à Justiça o mandado de prisão preventiva do suspeito, uma vez que o laudo da polícia civil indica para a hipótese de suicídio.
Esta manhã, o PM, que atuava como segurança do empresário, foi chamado para prestar novo depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), no bairro da Imbiribeira, no Recife.O depoimento durou cerca de duas horas. Jaílson chegou ao local às 8h50 e saiu por volta das 1h10.
De acordo com o advogado do PM, André Fonseca, a ouvida já estava marcada e, desta vez, a delegada teria feito as mesmas perguntas feitas anteriormente: sobre o que aconteceu no dia do crime, de que maneira os fatos se desenrolaram e, ainda, se o cliente teria algo a acrescentar.
Ainda segundo André Fonseca, Jailson teria reafirmado a sua inocência. O advogado deixou o DHPP alegando que Falcão teve uma ato de covardia ao ter se suiciudado na frente do funcionário, arriscando-o a ser considerado suspeito pelo crime.
Fonseca disse que ainda que o PM voltou a garantir que não houve luta corporal entre os dois, como ventilam o perito legista George Saguinetti e o promotor André Rabelo, baseados na presença de uma lesão na testa da vítima.
Da delegacia, o advogado promete seguir para a Corregegoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) para cobrar a conclusão do inquérito. Para Fonseca, o atraso estaria acontecendo porque o laudo particular, que aponta para homicídio, estaria prevalecendo sobre o laudo da Polícia Civil, que aponta para a tese de suicídio, também defendida pelo advogado.

Tese de George Sanguinetti

A morte do empresário da construção civil de 52 anos, em Boa Viagem, completou nove meses ontem. Há 68 dias o promotor de Justiça André Rabelo aguarda respostas de 17 dúvidas enviadas ao Instituto de Criminalística (IC).
O laudo apontou suicídio como causa da morte da vítima. Rabelo afirmou que pode responsabilizar criminalmente os peritos se entender que houve protelação para divulgação dos resultados exigidos pelo Ministério Público de Pernambuco.
O inquérito aguarda essas respostas para ser concluído. “O IC está retardando o que tem obrigação de fazer. O requisitório enviado pelo Ministério Público precisa ser respondido, pois é uma exigência. Se observar que os profissionais estão se omitindo a cumprí-lo, eles serão responsabilizados”, afirmou o promotor, que resolveu quebrar o silêncio ontem, após a TV Clube/Record exibir, com exclusividade, uma reportagem em que o perito George Sanguinetti analisa o material colhido pela perícia pernambucana e contesta a versão de suicídio.
Para Sanguinetti, as provas apontam para assassinato. Ele analisou imagens da perícia e da reconstrituição do crime, feitos pela polícia pernambucana. Diante do material, Sanguinetti diz não acreditar que Falcão tenha cometido suicídio.
O perito, que vive em Alagoas, é famoso por investigar casos como a morte de PC Farias e de Isabela Nardoni.

Luta corporal

André Rabelo disse que, diante do que analisou até agora, Sérgio Falcão não pegou na arma que tirou a sua vida. Uma lesão na testa e outra na na região esquerda da cabeça, além de marcas no chão, apontariam para uma luta corporal entre vítima e o suposto assassino, o PM reformado Jailson Melo.
“Nem exame residuográfico nas mãos do suspeito foi feito pela perícia. Os peritos deram um tiro no pé. Se comprovar que houve obstrução de provas, posso denunciá-los à Justiça. Não há justificativa para a demora dos resultados dos questionamentos. Isso acontece porque eles não têm as respostas”, completou o promotor, que, assim como a polícia, crê em assassinato a mando de outras pessoas.
Fonte: Diário de Pernambuco

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Policial reformado - Jaílson Melo

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