domingo, 16 de junho de 2013

Congresso discute políticas para o envelhecimento

Congresso discute políticas para o envelhecimento
 Com mais de 6 bilhões de habitantes, o planeta Terra está envelhecendo muito rápido e os governos mundiais ainda não atentaram para anecessidade urgente de criar políticas públicas que favoreçam esse exército de pessoas que chegaram em uma etapa crucial de suas vidas, acumulando experiências. O Congresso de Envelhecimento Humano, promovido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no Centro de Convenções Raymundo Asfora, em Campina Grande, reunindo os mais renomados conferencistas do Brasil e de países como Cuba, Índia e Portugal na área envelhecimento humano, está debatendo essa problemática.

Durante três dias, os conferencistas, palestrantes e especialistas da área vão procurar descobrir fórmulas e meios de como se envelhecer bem e de forma saudável. Os avanços da Ciência e das Políticas Públicas para o envelhecimento e o aumento da expectativa de vida têm norteado as discussões que foram iniciadas na noite desta quinta-feira (13) e prosseguem até este sábado (15). A primeira noite do Congresso contou com a conferência “O Desafio de Envelhecer no Século XI”, proferida pelo professor doutor Wilson Jacob Filho, da (USP), um dos renomados especialistas do país na área de envelhecimento.

O evento acontece em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Universidade Aberta a Maturidade (UAMA) da UEPB. Palestras, minicursos e conferências fazem parte da programação do congresso. Com mais de 3.500 congressistas inscritos e mais de 1.600 trabalhos na área a ser apresentados, o evento tem possibilitado a abertura de uma ampla discussão sobre os avanços da ciência e das políticas públicas para as pessoas que passaram pelas principais fases da vida e chegaram na idade do amadurecimento. Em sua terceira edição, o Congresso Internacional de Envelhecimento Humano foi aberto pelo reitor da UEPB, professor Rangel Junior, com a participação do coordenador geral do evento e coordenador da Universidade Aberta à Maturidade (UAMA), professor Manoel Freire de Oliveira, e do presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia na Paraíba, Arnaldo Henrique Gomes.

O reitor Rangel Junior deu as boas vindas aos conferencistas e parabenizou os organizadores. Ele enfatizou que o mundo está envelhecendo e as instituições precisam de fato se preparar para encarar essa realidade. Algumas delas, segundo ele, já deram passos importantes, mas ainda há muita coisa a ser feita, investindo no conhecimento e na elaboração de políticas públicas que venham criar condições de atender em todos os sentidos os seres humanos em todas as suas fases da vida. Rangel Junior enfatizou que a UEPB tem cumprido com o seu papel, ao participar não só do Congresso de Envelhecimento, mas ao tentar construir políticas para a área. Alguns passos já foram dados através de projetos e pesquisas que visam melhorar as condições de vida de quem chegou à terceira idade.

Em sua participação, o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia na Paraíba, Dr. Arnaldo Henrique Gomes, destacou o nível do evento e alertou que em um futuro bem próximo o planeta terá mais velhos do que jovens. Ele lembrou que os países precisam se preparar para enfrentar essa realidade. “Eventos como o realizado em Campina Grande, ajudam a preparar os jovens para o futuro. Teremos um futuro com mais idosos do que jovens e talvez as nossas instituições não estejam preparadas para beneficiar a todos, com a assistência devida” disse. Para ele, os profissionais da área precisam gostar de gente e do paciente idoso e não apenas de aparelhos.

O presidente do Congresso, o professor Manoel Freire, também falou aos congressistas e disse que é uma grande honra para a UEPB realizar um evento em excelência na área que pensa o futuro da humanidade. Ele descreveu o histórico do congresso e disse que a terceira edição já é coroada de sucesso, por ser um dos maiores eventos do país na área, com temáticas diversificadas e relevantes. “A busca é por uma ampla qualidade de vida da população”, frisou. A primeira noite de congresso contou, ainda, com a apresentação do grupo de Dança Fenix, de João Pessoa, formado por idosos e idosas sob a direção do coreógrafo Luciano Peixoto. A companhia prestou um tributo a Luiz Gonzaga, dançando e interpretando músicas do Rei do Baião.

Até sábado, o Congresso vai debater temas como “Família, qualidade de vida e cuidado”, “Envelhecimento, qualidade de vida e cidadania ativa na perspectiva intergeracional”, “Principais aspectos bioquímicos da Síndrome Metabólica”, “Velhice e Saúde na Região da África Subsaariana”, “Acesso dos idosos à atenção primária”, “Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso”, “O Idoso, suas alterações e a prevenção de quedas”, “Cosmetologia no Envelhecimento”, “Dançaterapia: Criando e recriando na Terceira Idade”, “Distúrbios do Sono na Velhice”, “Nutrição Oral no Paciente Idoso nas diferentes patologias”, “Políticas Públicas e Envelhecimento”, entre outros. Também haverá lançamento de livros sobre a temática do envelhecimento humano.

redação com assessoria

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