Com mais de 6 bilhões de habitantes, o planeta Terra está envelhecendo muito rápido e os governos mundiais ainda não atentaram para anecessidade urgente de criar políticas públicas que favoreçam esse exército de pessoas que chegaram em uma etapa crucial de suas vidas, acumulando experiências. O Congresso de Envelhecimento Humano, promovido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no Centro de Convenções Raymundo Asfora, em Campina Grande, reunindo os mais renomados conferencistas do Brasil e de países como Cuba, Índia e Portugal na área envelhecimento humano, está debatendo essa problemática.Durante três dias, os conferencistas, palestrantes e especialistas da área vão procurar descobrir fórmulas e meios de como se envelhecer bem e de forma saudável. Os avanços da Ciência e das Políticas Públicas para o envelhecimento e o aumento da expectativa de vida têm norteado as discussões que foram iniciadas na noite desta quinta-feira (13) e prosseguem até este sábado (15). A primeira noite do Congresso contou com a conferência “O Desafio de Envelhecer no Século XI”, proferida pelo professor doutor Wilson Jacob Filho, da (USP), um dos renomados especialistas do país na área de envelhecimento.O evento acontece em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Universidade Aberta a Maturidade (UAMA) da UEPB. Palestras, minicursos e conferências fazem parte da programação do congresso. Com mais de 3.500 congressistas inscritos e mais de 1.600 trabalhos na área a ser apresentados, o evento tem possibilitado a abertura de uma ampla discussão sobre os avanços da ciência e das políticas públicas para as pessoas que passaram pelas principais fases da vida e chegaram na idade do amadurecimento. Em sua terceira edição, o Congresso Internacional de Envelhecimento Humano foi aberto pelo reitor da UEPB, professor Rangel Junior, com a participação do coordenador geral do evento e coordenador da Universidade Aberta à Maturidade (UAMA), professor Manoel Freire de Oliveira, e do presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia na Paraíba, Arnaldo Henrique Gomes.
O reitor Rangel Junior deu as boas vindas aos conferencistas e parabenizou os organizadores. Ele enfatizou que o mundo está envelhecendo e as instituições precisam de fato se preparar para encarar essa realidade. Algumas delas, segundo ele, já deram passos importantes, mas ainda há muita coisa a ser feita, investindo no conhecimento e na elaboração de políticas públicas que venham criar condições de atender em todos os sentidos os seres humanos em todas as suas fases da vida. Rangel Junior enfatizou que a UEPB tem cumprido com o seu papel, ao participar não só do Congresso de Envelhecimento, mas ao tentar construir políticas para a área. Alguns passos já foram dados através de projetos e pesquisas que visam melhorar as condições de vida de quem chegou à terceira idade.Em sua participação, o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia na Paraíba, Dr. Arnaldo Henrique Gomes, destacou o nível do evento e alertou que em um futuro bem próximo o planeta terá mais velhos do que jovens. Ele lembrou que os países precisam se preparar para enfrentar essa realidade. “Eventos como o realizado em Campina Grande, ajudam a preparar os jovens para o futuro. Teremos um futuro com mais idosos do que jovens e talvez as nossas instituições não estejam preparadas para beneficiar a todos, com a assistência devida” disse. Para ele, os profissionais da área precisam gostar de gente e do paciente idoso e não apenas de aparelhos.
O presidente do Congresso, o professor Manoel Freire, também falou aos congressistas e disse que é uma grande honra para a UEPB realizar um evento em excelência na área que pensa o futuro da humanidade. Ele descreveu o histórico do congresso e disse que a terceira edição já é coroada de sucesso, por ser um dos maiores eventos do país na área, com temáticas diversificadas e relevantes. “A busca é por uma ampla qualidade de vida da população”, frisou. A primeira noite de congresso contou, ainda, com a apresentação do grupo de Dança Fenix, de João Pessoa, formado por idosos e idosas sob a direção do coreógrafo Luciano Peixoto. A companhia prestou um tributo a Luiz Gonzaga, dançando e interpretando músicas do Rei do Baião.
Até sábado, o Congresso vai debater temas como “Família, qualidade de vida e cuidado”, “Envelhecimento, qualidade de vida e cidadania ativa na perspectiva intergeracional”, “Principais aspectos bioquímicos da Síndrome Metabólica”, “Velhice e Saúde na Região da África Subsaariana”, “Acesso dos idosos à atenção primária”, “Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso”, “O Idoso, suas alterações e a prevenção de quedas”, “Cosmetologia no Envelhecimento”, “Dançaterapia: Criando e recriando na Terceira Idade”, “Distúrbios do Sono na Velhice”, “Nutrição Oral no Paciente Idoso nas diferentes patologias”, “Políticas Públicas e Envelhecimento”, entre outros. Também haverá lançamento de livros sobre a temática do envelhecimento humano.redação com assessoria
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